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quarta-feira, 2 de maio de 2012

~ Os presos agora são outros

Postado por Hoje quero falar de às 11:32 0 comentários

~ Bom, depois de tanto tempo de abandono,voltei para o blog...Peço perdão aos meus queridos leitores, mas a falta de tempo e de inspiração é phoooda...Mas agora aí está... Blog com novo design e nova postagem :D

Estava assistindo TV no domingo (Assistir TV é algo que eu não faço muito..rsrs’,mas isso não vem ao caso) fiquei chocada ao ver uma reportagem. Um trabalhador honesto que batalhou com muito sacrifício pra chegar aonde chegou, foi morto na frente de um dos filhos na porta de sua casa. Em meio ao desespero o filho implorou para o bandido não matar seu pai mas infelizmente não obteve sucesso. Aquela criança,viu o pai morrer...

Fiquei me perguntando: Aonde esse mundo vai chegar com tanta violência? Até quando vamos viver presos e os bandidos soltos?

Cada vez mais estamos ficando presos dentro de casa. Muros altíssimos, cercas elétricas, circuito de câmeras, seguranças particulares... (Isso quando se tem dinheiro para colocar em casa todos esses sistemas para se sentir um pouco mais seguro).

Estamos sendo reféns dos bandidos, presos dentro das nossas próprias casas. Saindo pra trabalhar,estudar sem saber se voltaremos com vida. O mundo está um caos. Tem horas que o desespero bate, a indignação também. E se fosse alguém de sua família que fosse morto dessa forma? O que você faria? Como se sentiria?

E assim como esse trabalhador que morreu, todo dia morrem milhares de outros inocentes.

Até quando as leis desse pais vão beneficiar os bandidos deixando de lado o bem estar dos trabalhadores honestos e de bem?

Até quando viveremos reféns desse sistema?

Os direitos humanos só valem para os bandidos. Se fosse o contrário, se fosse um pai de família que tivesse matado um bandido para salvar sua vida e/ou a vida de sua família, seria julgado,condenado e ficaria preso por um bom tempo. Enquanto o bandido que faz isso, pode até ser preso, mas logo será solto.

Essa situação é revoltante.

Hoje finalizarei o post não com citações como de costume e sim com uma música :

Bala Perdida (Gabriel O Pensador)

Bom dia, mulher 
Me beija, me abraça, me passa o café
E me deseja "Boa sorte"
Que seja o que Deus quiser
Porque eu tô indo pro trabalho com medo da morte
Nessas horas eu queria ter um carro-forte
Pra poder sair de casa de cabeça erguida
E não ser encontrado por uma bala perdida
Querida, eu sei que você me ama
Mas agora não reclama, eu tenho que ir 
Não se esqueça de botar as crianças debaixo da cama na hora de dormir 
Fica longe da janela e não abre essa porta, não importa o motivo
Por favor, meu amor, eu não quero encontrar você morta se eu voltar pra casa vivo
Mas se eu não voltar não precisa chorar
Porque levar uma bala perdida hoje em dia é normal
Bem mais comum do que morte natural
Nem dá mais capa de jornal
Tchau! Se eu demorar, não precisa me esperar pra jantar
E pode começar a rezar 
Pra variar estamos em guerra
Pra variar...
Quem tá na chuva é pra se molhar 
Quem brinca com fogo pode se queimar 
Mas eu num quero ser mais um nas estatísticas
Num quero que meu corpo vire atração turística
Ensangüentado, vítima de um crime sem culpado, encaminhado prum exame de balística
Todo dia morrem dois ou três
Eu só quero saber quando vai ser a minha vez
Onde será?
No circo, na praia, no supermercado, na mesa do bar?
Ou na fila do banco?
No trem da central?
No ponto de ônibus?
Parado no sinal? 
Ou assistindo TV, na segurança do lar?
Onde será que uma bala perdida vai me achar?
Se eu pudesse escolher eu morreria dormindo sem sentir muita dor
Eu sei que eu ainda sou muito novo pra morrer mas outro dia esse desejo quase se realizou:
Uma bala de fuzil se perdeu num tiroteio e veio parar no meio do meu travesseiro
Só não me acertou em cheio porque eu tava com prisão de ventre, no banheiro
Atualmente eu já me deito esperando o pior
E pra facilitar eu já durmo de paletó
Meu caixão também tá pronto atrás da porta, enrolado com a bandeira do Brasil
E quando eu sonho com o futuro eu acordo inseguro
Escutando mais um tiro de fuzil
Pra variar estamos em guerra
Pra variar...
Eu sou uma bala perdida, uma bala desgraçada
Inofensiva, feito uma criança abandonada
Eu estou sendo injustiçada
Não sou culpada
Se eu tô aqui é porque eu fui disparada
Eu não queria entrar na arma mas o dedo foi mais forte
O dedo me pôs na arma, puxou o gatilho, então porque que eu sou responsabilizada pela morte?
Eu gostaria de ser uma bala de mel 
Feita com amor, embrulhada num papel
Mas vocês me fizeram pra acabar com a vida 
Desde que eu nasci eu sou uma bala perdida
Eu sempre fui perdida, por natureza
Até num suicídio ou em legítima defesa 
A maioria ainda nem percebeu:
Vocês tão muito mais perdidos do que eu.
Pra variar estamos em guerra
Pra variar...


 

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